dar voz e conteúdo a um projecto

Para abrir este blogue só consigo pensar numa palavra: Gratidão.
Gratidão, àqueles que acreditaram neste projecto, no seu novo conceito de estar no mercado da arte.
Um modelo que à partida causa alguma desconfiança, porque sai da regra, da normalidade. Um modelo em que o artista não está dependente de subsídios, nem de lobbies, nem de apadrinhamentos.
O artista está como sempre esteve, só, com o seu ofício, deixando que a sua obra fale por si. E é tão grande a sua autonomia e confiança que patrocina a sua própria exposição, a sua vocação, a sua enorme crença no seu talento.
A Arte pela Arte, alguém chamou a este novo modelo associativo.
Acredito que vá crescer e tomar uma proporção inesperada, uma dimensão capaz de sustentar o sonho inicial, o de criar o "Café dos Artistas" num imóvel camarário, aberto a todos, com exposições a decorrer em simultâneo, lugar de conferências e debates, tertúlias e projecções...em suma, um lugar de artistas, um ponto de encontro global, onde a ARTE seja o pólo de aproximação universal, a linguagem comum a todos que o visitem.
Obrigada aos Artistas plásticos, aos privados que apoiam esta iniciativa e a todos os que nos visitarem.

Ana Paula Cabral
23 Nov 2010



terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A los amigos, un hermoso año nuevo. Les regalo una imagen y un poema


Debe existir un modo, una forma...

Debe existir un modo, una forma
de recoger lo perdido,
de apropiarse de todo aquello
que devino externo, separado.
Pero, cómo superar lo que uno es,
la bruma que uno es,
la vaguedad que a uno lo habita.
Cómo, me pregunto,
tornar sólido lo que el día licúa
mientras paso, como tantos otros,
de la luz a la sombra
y de la sombra a la luz
mientras los pájaros anidan
en techos que la lluvia y el viento,
inexorables, desgastan.
A la voz acude una gota que cae,
un párrafo difuso,
un humo que oscurece el vidrio,
un sabor neutro, sin espesor, en la boca.
Debe existir, en tierras lejanas y altas,
otra manera de calzarse,
de abrir la puerta,
de correr la cortina para ver el cielo,
de dormir, soñar y despertar.


Carlos Barbarito

Fotografía: Ansel Adams, Road Nevada Desert, 1960


Que belo poema e que estrada de sonho e esperança nos indica o caminho a seguir...o futuro.Obrigada pela lembrança. Paz na terra aos Homens de Boa Vontade
Paula Cabral

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